terça-feira, 6 de outubro de 2009

Não sou mais "Eu"

Já não sei onde ando
Se bem na terra ou no céu
No espaço, vivo ao léu
Contando as horas do tempo
Acampada por sobre as nuvens
Perdida no infinito
Não sou nada, sou o grito.

Trago a alma cravada
Carente e desamparada
Que aos poucos se declina
Sufocada pela neblina
Foi-se de mim, à menina
Já não mais me reconheço
À vida cobra o seu preço.

Deixem-me dormir
Descansar o meu pensamento
Afugentar os sofrimentos
As angústias, os tormentos
Já não mais sei quem eu sou…
Sou folhas secas ao vento
Oca de sentimento.

Já não sinto as minhas dores
Não mais me ferem os espinhos
Já não me sangram as feridas
Esgotaram-se os meus queixumes
Com o tudo que se perdeu
Nada restou de meu…
Já não sou mais "EU"…

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