segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Psicologia Criminal







De há uns tempos para cá tenho-me interessado muito por este ramo da psicologia! A Psicologia Criminal consiste no estudo dos comportamentos, pensamentos, intenções e reacções dos criminosos.
Está relacionada com a área de antropologia criminal. Esta área científica tenta saber em profundidade o que faz alguém cometer crimes e os seus mecanismos, mas também as reacções após o crime, ou em tribunal.
Os psicólogos desta área são muitas vezes chamados como testemunhas de processos em tribunal. Também alguns psiquiatras lidam com aspectos do comportamento criminoso.
Uma grande parte da psicologia criminal, conhecida como profiling de delinquentes começou em 1940, quando os Estados Unidos criaram um Escritório de Serviços Estratégicos no qual foi encarregue a William L. Langer ’s, um famoso psiquiatra, elaborar um perfil de Adolf Hitler.
Após a Segunda Guerra Mundial o psicólogo britânico Lionel Haward, enquanto trabalhava para a Royal Air Force, elaborou uma lista de características que os criminosos de guerra nazi podiam exibir.
Em 1950 o psiquiatra James A. Brussel elaborou um perfil preciso de um bombista que tinha sido aterrorizado Nova Iorque.
O rápido desenvolvimento da Psicologia Criminal ocorreu quando o FBI abriu na sua academia uma unidade de análise comportamental em Quantico, Virginia. Posteriormente foi criado o Centro Nacional de Análise de Crimes Violentos. A ideia era ter um sistema que poderia encontrar ligações entre os principais crimes sem solução.
No Reino Unido, o Professor David Canter foi um pioneiro para a orientação da polícia, começando a tentar abordar o assunto com um ponto de vista mais científico.
Entre as pessoas mais notáveis que criticaram o modo como a psicologia e psiquiatria tratam o crime, destaca-se o filósofo francês Michel Foucault. Foucault mostrou como, desde a sua origem, a prisão criou uma classe profissional dos criminosos (reincidentes), separada das classes populares e muitas vezes utilizada pela polícia como informadores. Em outras palavras, longe de asfixiar a criminalidade, o movimento reformista mostrou que a prisão criou e perpetuou uma classe de profissionais criminosos. Doravante, Foucault concluiu que a prisão era usada como uma tecnologia disciplinar para controlar a população.
Foucault mostrou também que, se o sistema penal na Europa Moderna se punia o crime em si, o acto em si, o novo regime disciplinar punia a pessoa, e não o crime. Nesta lógica não se perguntava: “O que fizeste?” (tal como na escola clássica da criminologia, ou seja, com Cesare Beccaria e Jeremy Bentham), mas “quem és tu?” (como na escola italiana, Cesare Lombroso, etc.). Neste âmbito, o papel da antrolopologia, psiquiatria, etc, tornou-se evidente como uma ferramenta usada para criar o conceito de “pessoas perigosas”.






Hoje em dia existem uma série de séries televisivas que andam à volta desta temática e uma das que mais admiro é Criminal Minds...


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